sábado, 1 de setembro de 2012

Vazios




Vídeo com fotografias que compõem a série Vazios, de Beatriz Rodrigues.
Esta série foi apresentada na seção Photoluz, do III Rio Grande Photofluxo, Festival de Fotografia de Inverno.
Rio Grande, RS, 2012.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Participação no III Rio Grande Photofluxo

Neste 19 de agosto, em que se comemora o dia mundial da fotografia, há mais um motivo a festejar, com o resultado da convocatória do III Festival Fotográfico de Inverno Rio Grande Photofluxo: O ensaio fotográfico Vazios, de Beatriz Rodrigues, foi selecionado para participar do Photoluz, dentro da programação do festival.

A proposta do Photoluz é fazer a projeção de ensaios fotográficos inéditos nas paredes externas do ArtEstação, um ponto de cultura que ocupa a construção histórica da antiga estação ferroviária da Praia do Cassino (Rio Grande/RS), e que há anos vem desenvolvendo atividades de incentivo à produção e à circulação da fotografia.
Além disso, o festival conta com uma intensa programação de exposições, conversas com artistas, debates, intervenções, oficinas... Aos amantes da fotografia, essa imersão é mais que recomendada.



SERVIÇO:
PHOTOLUZ - Projeções de ensaios fotográficos de 13 artistas selecionados por convocatória, dentro da programação do III Festival Fotográfico de Inverno Rio Grande Photofluxo:

25 de agosto, das 20h30 às 21h30, no ArtEstação. 
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FOTO-SEQUÊNCIAS - Apresentação dos ensaios selecionados para o Photoluz e debate com o público:
26 de agosto, das 19h às 20h15, na Sala Multiuso do ArtEstação.




sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Festival de la luz: algumas palavras.


            O Festival de la luz (Buenos Aires/AR) nasceu no ano de 1989 como um evento único, chamado “Encuentros Abiertos”. Entretanto, pelo sucesso que obteve, passou a ser um evento anual, e desde o início da década de 90 cumpre o seu papel de evento internacional, sendo o primeiro festival de fotografia da América-Latina.
            Hoje, os Encuentros Abiertos – Festival de la luz estão na sua XVII edição, e congregam uma rede de exposições, conferências e tantas outras atividades em que a produção fotográfica e a reflexão sobre esta prática trazem fotógrafos do mundo inteiro para a capital argentina.
           No intuito de promover uma troca entre profissionais reconhecidos na área e fotógrafos iniciantes, há a sessão de Leitura de Portfólios, um momento em que fotógrafos apresentam seu trabalho e recebem uma “devolución”, uma crítica sobre os diversos aspectos da produção que é apresentada.
             Nesta sessão, o principal trabalho apresentado foi o intitulado Mais além do fim do mar, um ensaio poético-documental sobre os rituais mágico-religiosos de celebração a Iemanjá, que acontecem no dia 2 de fevereiro na Praia do Cassino (Rio Grande/RS), extremo-sul do Brasil.

Ensaio Mais além do fim do mar, de Beatriz Rodrigues


Ensaio Mais além do fim do mar, de Beatriz Rodrigues

             Com a experiência de escuta dos diversos profissionais, fica mais claro que em fotografia não se trata de “ter os melhores equipamentos” ou fazer fotos “bonitas”. Também um portfólio não é a reunião das suas melhores fotos, mas a definição de um trabalho que tenha uma unidade, e que seja consistente visualmente. Esta unidade não é apenas temática: refere-se, especialmente, ao desenvolvimento de uma poética, um olhar singular sobre a temática a que se pretende desenvolver.
             Mais do que tudo, a experiência em uma leitura de portfólio é um exercício de se apresentar para o mercado de produção em fotografia,  e, especialmente, estar disposto (e aberto) a ouvir. Isso não significa que seu trabalho será uma unanimidade entre os revisores, mas que estes profissionais farão  apontamentos valiosos para o amadurecimento da proposta que se deseja apresentar, seja optando por uma mostra ou pela edição de um fotolivro, ou mesmo ambos.
            O olhar do revisor traz o conhecimento apurado sobre o processo de edição, algo tão difícil para todo fotógrafo que deseja apresentar uma proposta autoral, mas o momento fundamental para a formação de um “corpo”, ou, simplesmente, de uma obra. É importante perceber que, na apresentação de um trabalho, as escolhas não podem ser feitas ao acaso: acima de tudo é necessário decisão, obtendo controle sobre todo o processo que resultará em uma obra.
             Ou seja, apresentar um trabalho em fotografia não é apenas ter boas noções de composição e fazer boas fotos. É ter também o domínio deste processo de edição do trabalho, propondo uma unidade não apenas temática, mas estética, e propondo uma sequência de imagens que forme uma narrativa capaz de contar visualmente uma história. Isto me lembra Cartier-Bresson, quando fala que ao fotografar criamos em imagem algo que não conseguimos transmitir em palavras. A formação de uma sequência visual, em especial para propostas de fotografia documental (não confundir com fotojornalismo!), é, pois, o elemento fundante, o que confere força narrativa ao trabalho.
             Entretanto, em vários momentos as dúvidas tendem a aumentar, justamente porque o olhar dos revisores também denota uma postura singular. Muitas vezes o entendimento que um revisor tem sobre um trabalho pode se opor a de seus colegas, o que permite ao fotógrafo obter diferentes olhares (e por consequência diferentes possibilidades de encaminhamento) para o seu trabalho. Este momento de dúvidas é especial porque nos faz olhar para a nossa produção de outras formas, justamente porque estamos tão imersos no processo, e não conseguimos ter este distanciamento, também sempre necessário.
               Outra experiência fantástica de se vivenciar um festival é a possibilidade de estar em relação com a obra de fotógrafos do mundo inteiro. Entre os muitos em exposição em diversas galerias e centros culturais da cidade, destaco, em especial, a obra Nos jardins do Éden, do brasileiro Christian Cravo. Neste ensaio, o fotógrafo apresenta imagens sobre os rituais mágico-religiosos do Voodoo no Haiti. Uma intensa aula de tratamento de composição e luz, ambiência dramática e, a mais do que nunca tão necessária... sensibilidade!


Obra do ensaio Nos Jardins do Éden, de Christian Cravo


Obra do ensaio Nos Jardins do Éden, de Christian Cravo

              Para mais informações sobre o festival, há uma ótima edição do jornal cultural BUE, que também está disponível online



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Portfólio


O porfólio fotográfico conta com ensaios visuais autorais, apresentando os últimos projetos em andamento.




O ensaio Mais além do fim do mar apresenta imagens documentais dos rituais de celebração ao dia de Iemanjá, no litoral da Praia do Cassino, Rio Grande/RS. A presença do azul - cor vinculada ao Orixá feminino - é predominante na série.





O ensaio A melancolia dos afetos apresenta fotografias das ruínas presentes nas paisagens urbanas das cidades do extremo sul do Brasil.






Os Ensaios de Palavra-Imagem compõem uma série de imagens com intervenções plásticas sobre a superfície de negativos ou sobre a superfície de fotografias ampliadas. Mediante variadas técnicas, a  palavra atua fortemente na composição da imagem.






A alma das casas é uma cartografia visual dos restos materiais das casas que foram demolidas na cidade de Pelotas/RS, buscando a potência memorial da morada, ainda que na sua fragmentação. As imagens remetem às temporalidades e aos afetos vivenciados na paisagem interior da casa, mesmo que esta já não tenha existência material, a não ser por seus pequenos vestígios.


Além destes projetos, destacam-se as produções cotidianamente publicadas através do flickr pessoal, em funcionamento desde 2006.






sexta-feira, 27 de julho de 2012

Exposição coletiva Deslocamentos Urbanos




A exposição coletiva "Deslocamentos Urbanos", na Secult até o dia 30 de julho, é fruto de um edital público, promovido pelo grupo Chá de Fita.

A proposta apresentada por Beatriz Rodrigues (Murmúrios Azuis), e aceita para fazer parte da exposição, junto a outros artistas, é constituída por duas imagens fotográficas: uma proveniente do meio analógico, e outra do digital.

Ambas têm como unidade de proposição a recorrência do elemento urbano como cenário, e como recorte da paisagem urbana, são privilegiadas ações nas quais a palavra atua como principal elemento potencializador de sensações.  

[...] tal como sangue, ele se escorria diante da paisagem*, de Beatriz Rodrigues


As imagens habitam a fronteira de duas séries de imagens da autora: Ensaios de Palavra-Imagem e Itinerâncias. Na primeira, a palavra é o foco na composição imagética e de sentido das fotografias, e se dá predominantemente através da cor,  tanto com a fotografia analógica, quanto com a digital.
No ensaio Itinerâncias, o foco está predominantemente no elemento urbano, na configuração de formas materiais e de fluxos imateriais que compõem o cotidiano das cidades onde a autora viveu, ou simplesmente passou.


Serviço:

Exposição Deslocamentos Urbanos
Visitação: de 06/07 à 30/07 das 9hrs às 16:30hrs
Local: Sala Antônio Caringi da SECULT (Praça Coronel Pedro Osório, 02), Pelotas/RS.


* Título apoiado no escrito do blog Palavras-silêncios.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A alma das casas

O tempo na textura do pó II, por Beatriz Rodrigues.

Uma prévia do ensaio visual A alma das casas

Em breve... 


Contato

Traga sua ideia/proposta para dialogar conosco!

  
Beatriz Rodrigues
Murmúrios Azuis - Atelier de criação e produção cultural
murmuriosazuis@gmail.com







/// Venda de trabalhos artísticos pessoais (por séries); 
/// Docência em projetos em fotografia e atravessamentos artísticos;
/// Parcerias em construção de projetos culturais;
/// Produção cultural em fotografia.



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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Referência poética

Para os primeiros Murmúrios Azuis, a bênção do poeta Leminski sob a cantoria do conterrâneo de prosa, Vitor Ramil.




"[...] silêncio... nós dois... murmúrios azuis... eu e você, dormindo e sonhando..." 

(Leminski por Vitor Ramil em Tambong, 2000).