A exposição coletiva Paisagens em fluxo [Pelotas_Rio Grande do Sul, de julho à (...) 2012/2013] esteve aberta à visitação até o dia 15 de junho na Galeria Ágape Espaço de Arte, em Pelotas/RS.
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Convite da exposição coletiva "Paisagens em Fluxo"
Montagem por Danielle Costa
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Esta foi a primeira proposta expositiva do grupo de pesquisa Deslocamentos, observâncias, cartografias contemporâneas (Ufpel/Cnpq), coordenado pelas profas. Duda Gonçalves e Alice Monsell. Nos encontros do grupo, mergulhamos coletivamente no conceito, na experiência e na cartografia de (nossas) paisagens. Como desdobramento, apresentamos processos artísticos singulares, com diferentes técnicas e abordagens.
A exposição contou com obras de nove artistas - além das coordenadoras Duda e Alice, Beatriz Rodrigues, Camila Hein, Carla Borin, Carla Thiel, Danielle Costa, Mariane Rosenthal e Raquel Ferreira.
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Tríptico 'Tu não te moves de ti', por Beatriz Rodrigues
O tríptico 'Tu não te moves de ti' é um retorno às imagens feitas em uma tarde de inverno, na comunidade de pescadores à beira do São Gonçalo - imersa nos questionamentos do grupo, e na proposta coletiva de vivência do ato fotográfico. São imagens feitas em tecnologia analógica, em filme cromo, e reveladas em cross-process, o que lhes confere maior distorção de cores.
Embora sejam categorias de apresentação provenientes da pintura, dípticos e trípticos são bastante utilizados em fotografia, pois constroem uma narrativa visual. Na narrativa proposta, tanto fragmentos como a ideia de unidade/totalidade estão presentes, através da imagem da ponte. O cotidiano é um elemento marcante, expresso nas roupas no varal.
O nome da obra é inspirado na leitura de Tu não te moves de ti, de Hilda Hilst, cuja escrita dilacerante e existencial chama a palavra paisagem em reiterados momentos, referenciando-a constantemente como uma construção subjetiva e singular. Também o olhar conduz a singularidades, como no excerto da obra apresentado junto às fotografias, compondo o tríptico: "Tento dizer que não havia um segmento de paisagens, que não era como se eu visse uma e depois outra, esse seguir adiante não era, o que eu via era amplo e descabido para o entendimento, soube de antigos de mim, de um mover-me distante [...]" (p.67).
Detalhe da obra de Hilda Hilst exposta junto ao tríptico homônimo.
